Um dos detidos que vai continuar em prisão preventiva é o polícia da PSP que estava em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa e que foi identificado como sendo um dos membros do Movimento Armilar Lusitano
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Quatro dos seis detidos por atividades terroristas e incitamento ao ódio, e que pertencem a grupo neonazi, ficaram esta quarta-feira em prisão preventiva e aos outros dois foi aplicada a medida de coação de apresentações periódicas.
Fonte do Conselho Superior de Magistratura revela os nomes dos arguidos à TSF. A medida de prisão preventiva foi aplicada a Bruno Carrilho, Bruno Gonçalves, Nuno Pais e Ricardo Pereira. Já José Carrilho e Vítor Marques têm a obrigação de se apresentarem semanalmente no OPC das suas áreas de residência. Todos fazem parte do Movimento Armilar Lusitano (MAL).
O Conselho Superior de Magistraturas adianta ainda que os arguidos em prisão preventiva estão indiciados por infração de terrorismo e detenção de arma proibida.
Os seis detidos na terça-feira foram esta quarta-feira presentes a juiz de instrução para primeiro interrogatório e para aplicação das respetivas medidas de coação.
No âmbito da operação "Desarme 3D", adiantou a Polícia Judiciária (PJ) em comunicado, foi apreendido material explosivo de vários tipos, várias armas de fogo, algumas das quais produzidas através de impressão 3D, várias impressoras 3D, várias dezenas de munições, várias armas brancas e material informático, entre outros elementos de prova.
“A investigação resultou da deteção ‘online’ de indicadores de manifestações extremistas por parte de apologistas de ideologias nacionalistas e de extrema-direita radical e violenta, seguidores de um ideário antissistema e conspirativo, que incentivava à discriminação, ao ódio e à violência contra imigrantes e refugiados”, referiu a PJ.
De acordo com a PJ, o Movimento Armilar Lusitano pretendia constituir-se como um movimento político apoiado numa milícia armada.
Notícia atualizada às 19h15
