Combate ao incêndio na Guarda "bem encaminhado", múltiplas ignições geram dúvidas
Comandante dos bombeiros voluntários da Guarda confia que "virão à luz do dia as causas deste incêndio".
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O incêndio que está ativo desde a manhã deste domingo no concelho da Guarda e chegou a mobilizar seis aeronaves deve entrar em fase de rescaldo esta noite, mas o comandante dos bombeiros voluntários da Guarda estranha as "três ou quatro ignições" no mesmo sítio ao longo da última semana.
Em direto na TSF, António Pereira explicou que a "janela de oportunidade" para o trabalho de rescaldo e consolidação acontece nas próximas horas.
"Os trabalhos estão bem encaminhados nesse sentido", mas ainda há atividade do fogo nos flancos esquerdo e direito, em especial no primeiro, que é de "difícil acesso e tem bastante material" combustível. Ainda não há dados sobre a dimensão da área que ardeu este domingo.
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Esta tarde, em declarações à SIC Notícias, o presidente da câmara da Guarda, Sérgio Costa, disse não ter dúvidas de que este incêndio resultou de fogo posto.
"Estão proibidas as queimas e as queimadas, portanto há fogo posto. O apelo que fazemos cada vez mais às autoridades é de muita vigilância", assinalou, pedindo ainda "mão pesada para esta gente que teima em destruir" o território.
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Questionado pela TSF, António Pereira sublinhou que apesar de as autoridades fazerem o seu trabalho no terreno e de ser pública a informação de que "as queimas estão proibidas desde quinta-feira", há registo de focos de incêndio em locais próximos.
"As autoridades farão o seu trabalho de investigação e com certeza virão à luz do dia as causas deste incêndio, mas a verdade é que neste local, desde a semana passada, já temos três ou quatro ignições, é um bocado estanho", reconheceu.
De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 23h30, estavam 135 operacionais no local, apoiados por 48 veículos.
Mais cedo, em declarações à TSF, Fernando Pinto, autarca da união de freguesias de Mizarela, Pêro Soares e Vila Soeiro, explicou que o fogo começou "no meio de um pinhal e deflagrou serra fora porque já não chove e está tudo muito seco". A freguesia "nunca esteve em perigo", mas o vento alimentava o fogo.
Segundo a página da ANEPC, o incêndio teve início por volta das 11h00, na localidade da Mizarela.