Petição chega esta segunda-feira à Assembleia da República. Promotores dizem que milhares no estrangeiro não votam porque a lei não facilita.
Corpo do artigo
Quatro mil assinaturas chegam esta segunda-feira ao Parlamento numa petição para acabar com aquilo que os promotores dizer ser os desincentivos que levam milhares de portugueses no estrangeiro a não votar.
As principais mudanças passam por um recenseamento automático: quando o eleitor muda de morada no ou para o estrangeiro passaria logo a votar nessa zona, algo que segundo Paulo Costa, do grupo Migrantes Unidos, promotor da petição, já está a ser estudado pelo Ministério da Administração Interna.
A petição "Também somos portugueses" reivindica ainda o voto eletrónico em vez do voto presencial e por correspondência para os portugueses residentes no estrangeiro que, com quatro mil assinaturas, irá ser discutida em plenário da Assembleia da República.
Outra mudança pedida é que se possa fazer o recenseamento no estrangeiro por via postal ou pela internet.
Quanto ao recenseamento eleitoral automático, este seria feito quando fosse emitido o Cartão de Cidadão ou é feita uma alteração da residência.
Hoje os portugueses no estrangeiro necessitam de deslocar-se ao Consulado da sua área de residência para se registarem nos cadernos eleitorais, ao contrário do que acontece em Portugal, onde o recenseamento é automático.