Uma polícia morreu e três ficaram feridos em acidente com carro-patrulha da PSP
Pelo menos uma pessoa está ferida com gravidade.
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Uma polícia de 28 anos morreu e outros três agentes ficaram feridos, na madrugada desta quinta-feira, na sequência de um despiste com um carro-patrulha da PSP pelas 00h00, em Sacavém, quando respondiam a uma ocorrência em Camarate, confirmou à TSF fonte do Comando Metropolitano de Lisboa.
A vítima mortal ficara ferida com gravidade no acidente, assim como outro dos três agentes que seguiam na viatura, transportado para o Hospital São José. O agente transferido para este hospital tem uma fratura na tíbia, junto ao perónio, e foi operado.
Os outros dois agentes, estagiários da Escola Prática de Polícia, que seguiam na parte de trás do carro-patrulha foram assistidos no Hospital de Santa Maria. Um deles chegou ao hospital com uma fratura no perónio e uma lesão no pulso direito. Já teve alta. O outro ainda está hospitalizado. Tem a perna direita fraturada e lesões graves na cara. Terá de ser submetido a intervenção cirúrgica.
O acidente teve lugar na Rua Miguel Bombarda, por baixo do viaduto da autoestrada A1, e o carro terá embatido contra um poste de betão. A agente que morreu ia a conduzir a viatura no momento do despiste.
Uma fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP explicou à Lusa que o carro-patrulha respondia a uma ocorrência em Camarate, onde uma viatura estava a impedir a passagem de uma ambulância.
Ouvido pela TSF, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, garantiu que este é um exemplo que serve de alerta para os perigos da profissão, mas garantiu que os estagiários vão poder concluir o curso e ser polícias daqui a dois meses.
"Já recebi garantias de que, considerando que a parte curricular formativa está concluída e eles estão aprovados na parte curricular formativa - aquilo que estavam a fazer agora era a parte meramente de estágio -, eles irão de facto concluir o curso e a 3 de outubro serão incorporados na Polícia de Segurança Pública como profissionais da polícia, portanto como agentes da Polícia de Segurança Pública", explicou Armando Ferreira.
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O sindicalista Armando Ferreira denuncia ainda que, se a morte tivesse sido de um estagiário, não havia seguro de vida.
"Se tivesse acontecido, aí sim, teríamos um problema e é para isso que vamos querer alertar o Governo e a direção nacional, para revermos, em negociação coletiva, a situação dos alunos e, neste caso, dos agentes estagiários em período de estágio para que no futuro estejam acauteladas todas as salvaguardas que sejam necessárias", acrescentou à TSF o presidente do Sindicato Nacional da Polícia.
Notícia atualizada às 12h58