Rui Rio apela a uma manifestação pacífica das forças de segurança.
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O líder do PSD diz compreender os motivos da manifestação dos polícias, mas pede que os protestos sejam pacíficos e "que jamais se volte a dar uma imagem de polícias contra polícias".
"Compreendo uma manifestação de desagrado. Agora, o que eu não compreenderei de certeza absoluta é se nesta manifestação voltarem a aparecer casos, como já tivemos no passado, seja naquela cena de tentar subir a escadaria da Assembleia, seja há muitos mais anos naquele famoso confronto de secos e molhados. Aquilo que eu digo é muito simples: percebo perfeitamente as razões da manifestação, aceito a manifestação, mas pacífica e que jamais se volte a dar uma imagem de polícias contra polícias. Isso é que eu não posso aceitar e não dos outros que estão em serviço", disse aos jornalistas em Zagreb, onde se encontra por estes dias a propósito do Congresso do Partido Popular Europeu.
Rui Rio aproveitou a ocasião para deixar um apelo: "Aquilo que eu peço é que aqueles que se estão a manifestar o façam da forma o mais ordeira possível, porque só assim conseguem ter ganho de causa e razão. Caso contrário, perdem completamente a razão".
"É urgente arranjar iniciativas"
No Parlamento, Carlos Peixoto recordou que os partidos devem "ter a coragem" de usar os projetos de lei. Assim, frisou, "o PSD vai avaliar detalhadamente, falando com todas as associações e sindicatos" para que se perceba "qual é o atual estado da arte".
"Nós sabemos que há imensas falhas, que há carências a toda prova, que há um degredo absoluto nos edifícios relativos às forças de segurança e especialmente nos recursos humanos que estão a ser dotados em várias esquadras", enumerou o vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata.
Na opinião de Carlos Peixoto, "é urgente e premente arranjar iniciativas sensibilizando o Governo a agir quando tem de agir e não a desinvestir como tem desinvestido". Nesta senda, o deputado referiu ainda que o Executivo "não está a tratar" a questão dos políticas "como tratou outras", comparando a situação com a dos magistrados.