Apesar do registo de 37 ocorrências relacionadas com inundações, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve adianta à TSF que, para já, não há desalojados.
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A queda de árvores, resultante da intensificação dos níveis de precipitação e do vento, provocada pela passagem da depressão Bernard, motivou o corte da EN396, no Algarve, na zona da Quarteira, este domingo. A passagem já foi, entretanto, reaberta.
"Temos um corte de via que será a ocorrência mais relevante que temos neste momento, na EN396, na zona do Aquashow, e que resultou da queda de árvores para a via e acabou por cair sobre dois veículos que estavam a transitar e está a ter um impacto naquilo que é a permeabilidade de circulação na via", adianta o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, Richard Marques, à TSF, que garante que a situação "está a ser resolvida neste momento".
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O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou este domingo em aviso vermelho o distrito de Faro devido ao risco de "precipitação forte e persistente".
O pico dos níveis de precipitação já foi ultrapassado e Richard Marques explica que, apesar de terem havido pequenas inundações, não há registo de desalojados.
"Estamos a falar de inundações de pequeno impacto. Não temos registo de desalojados, neste momento, não há qualquer tipo de realojamento, as situações estão a ser resolvidas no imediato pelas estruturas locais e tudo está a acontecer de acordo com o expectável", afirma.
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Até ao momento, o comandante avança que já foram registadas 72 ocorrências relacionadas com a queda de árvores e 37 inundações.
"São, sobretudo, inundações de habitações pela insuficiência dos seus sistemas de drenagem, quedas de estrutura e algumas obstruções de vias e alguns movimentos de massas que ocorreram neste quadro metrológico adverso. São efeitos expectáveis e todas as estruturas já estavam em prontidão para responder", garante.
Richard Marques detalha ainda que o maior número de ocorrências está agora a ser registado no Sotavento Algarvio.
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"Estamos a sentir essa influência, esse impacto aqui no território regional. No Barlavento, a situação está muito mais estável, por isso, não temos tido reporte de ocorrências, além daquelas que foram registadas, mas no Sotavento, na sequência desta passagem, continuamos a receber um conjunto de alertas, mas, felizmente, sem um impacto maior, sem vítimas a registar e isso é uma boa notícia", sublinha.
O comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve aponta as últimas duas horas, o período entre as 15h00 e as 16h00, como tendo sido o mais difícil.
"Estas últimas duas horas foram aquelas em que [a depressão Bernard] se manifestou com mais intensidade, aqueles fenómenos que já estavam previstos, nomeadamente a intensificação do vento e o aumento da precipitação", acrescenta.