Queda do Governo adia nova linha de prevenção do suicídio. Consulte aqui contactos de ajuda
A Direção-Geral da Saúde assegura que os meios já existentes continuam disponíveis, mas reitera a importância de uma nova linha telefónica, a qual já devia estar pronta. Pode consultar aqui contactos de apoio à prevenção
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A coordenadora da estratégia nacional de prevenção do suicídio, Ana Matos Pires, confirma à TSF que a criação da nova linha telefónica de prevenção para estes casos está atrasada, mas assegura que não há motivo para alarme, embora reconheça que basta um suicídio para ser "sempre grave".
Trata-se então de uma nova linha telefónica que a Direção-Geral da Saúde (DGS) está a criar, e que já devia estar disponível, desde o final de março, mas as eleições legislativas antecipadas obrigaram a adiar o arranque do projeto, pois falta criar a figura do coordenador clínico: tal implica alterar os estatutos da empresa pública Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, algo que não é possível na atual conjuntura política, com o Governo em gestão e, portanto, com o poder de decisão limitado.
Perante este atraso, a responsável pela estratégia nacional de prevenção do suicídio assegura à TSF que "as pessoas vão continuar a ter as respostas que tinham até aqui, como os cuidados primários, os serviços locais de saúde mental, a linha de aconselhamento psicológico do SNS24 e o INEM". Mas avisa que é preciso fazer mais, garantindo que a nova linha telefónica será "uma mais-valia", até porque os meios atuais ainda não são suficientes: "Se fossem, não estaríamos a criar uma linha nova."
Ana Matos Pires adianta também que os últimos dados da DGS mostram que Portugal continua com uma taxa de suicídios abaixo da média da União Europeia, sendo que a maioria foi registada "no interior sul e em pessoas com mais de 65 anos". São resultados que, considera, não são alarmantes: mas "são sempre graves, porque um suicídio é sempre grave".
A figura do coordenador clínico é o que fica a faltar para ativar este novo canal de prevenção do suicídio, um cargo aconselhado pela Organização Mundial da Saúde destinado a supervisionar as chamadas, e que Ana Matos Pires gostaria de ver replicado também nas outras linhas do SNS: "A temática é dura, pelo que é preciso supervisionar quem faz o atendimento."
A nova linha de prevenção do suicídio só deverá começar a funcionar depois da entrada em funções do novo Governo, depois das eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.
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