Na conclusão do debate sobre a reforma de Estado, o primeiro-ministro disse que pretende um debate sem o preconceito de que se reforma o Estado apenas por questões financeiras.
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O primeiro-ministro defendeu, esta quarta-feira, que os que aceitam a reforma do Estado que estão a defesa do Estado Social e criticou os medos dos que se opõem à mudança.
Pedro Passos Coelho disse ainda que pretende um debate sem o preconceito de que se reforma o Estado apenas por questões financeiras.
«Reconheço que a necessidade de obter poupanças permanentes nos impele e acelerar o processo, funcionando como um detonador que facilita a decisão, mas não constitui o ponto de chegada da reforma em si», adiantou.
Passos Coelho recordou ainda que «por mais escasso que seja o consenso possível de obter, haverá sempre a garantia que do consenso imposto pelo limite da nossa Constituição».
«Isto constitui garantia suficiente para afastar velhos fantasmas muito carcomidos pela história, mas que não têm infelizmente deixado de ser agitados», acrescentou.
O chefe do Governo recordou ainda que «só não erra quem não decide e o país não pede ficar parado e paralisado por não haver consenso necessário à decisão ou por simples medo do ciclo político de evitar o desagrado do eleitorado».
Na conclusão do debate sobre a reforma de Estado, Pedro Passos Coelho declarou-se também confiante de que os país está próximo do fim do programa de assistência.
«Estou profundamente confiante de que o país se está a encaminhar a bom ritmo para a conclusão bem sucedida do seu programa de assistência económica e financeira e em que estamos muito próximos de atingirmos o ponto de não retorno para entrar na nova fase pós-troika», explicou.