Cavaco Silva disse, esta segunda-feira, que quem está a negociar pelo lado português o plano de ajuda externa está a fazê-lo em respeito pela total salvaguarda do interesse nacional.
Corpo do artigo
Sobre o que espera do plano financeiro que vai começar agora a ser traçado, o Presidente da República nada adianta, recusando-se a especular.
«Nós ainda não conhecemos o plano financeiro e não quero especular quanto ao seu conteúdo», afirmou, reconhecendo que as negociações políticas é que «serão as negociações importantes».
O Chefe de Estado insistiu que «neste momento o que está em curso é apenas uma análise técnica da situação portuguesa, tendo em vista a preparação de negociações políticas».
«Quem está a acompanhar como lhe compete essa parte técnica, está a fazê-lo, penso eu, de acordo com os superiores interesses do país», sustentou.
É também por pensar no superior interesse do país que o Presidente da República se tem mantido em silêncio nos últimos dias. Foi desta forma que Cavaco Silva respondeu aos que o acusam de não estar a exercer uma magistratura activa.
«Eu sei muito bem quando é que devo falar em público e quando devo falar em privado. Para mim o mais importante é a defesa do superior interesse nacional, não é o protagonismo mediático e há várias situações em que o protagonismo mediático é contra a defesa do interesse nacional", afirmou, em declarações aos jornalistas à saída da cerimónia de entrega do Prémio Pessoa, que decorreu em Lisboa.