Na TSF, Luís Montenegro acusou o primeiro-ministro de ter sido o "incendiário" da polémica sobre o jantar no Panteão Nacional. Carlos César defende que António Costa "disse o que devia ser dito".
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O antigo líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, disse, nos "Almoços Grátis" da TSF que foi o primeiro-ministro, António Costa, quem tornou o tema do jantar da Web Summit no Panteão Nacional numa polémica.
"Quem colocou o tema do panteão na agenda mediática chama-se António Costa", afirmou Luís Montenegro, num atitude que classificou como "inacreditável".
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O social-democrata notou que António Costa "usou o Twitter para atacar uma decisão que dependia de serviços tutelados pelo seu governo, empolando a questão".
Luís Montenegro sublinhou que António Costa tentou "responsabilizar um governo anterior por uma decisão tomada por este".
"Temos um primeiro-ministro que não tem uma postura adequada ao exercício da sua função e que quis, inclusivamente, de uma forma politicamente muito pobre, tentar sacudir a responsabilidade para o governo anterior, como tenta fazer sempre", atirou o antigo líder parlamentar do PSD.
Em resposta, o líder parlamentar do PS, Carlos César, afirmou, na TSF, que o primeiro-ministro "fez uma observação correta sobre a utilização indevida" daquele espaço.
O socialista considera que a utilização do Panteão Nacional para a organização de um jantar é "indigna" e que António Costa "apenas disse o que devia ser dito". Disse-o e disse-o muito bem", acrescentou.
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Carlos César voltou a acusar o anterior governo PSD/CDS-PP de ter "favorecido" a utilização do monumento para aquele efeito.
"Foi favorecida por um despacho que fixou especificamente o tarifário a que devia obedecer, o que é um estímulo para a sua utilização", argumentou,
O líder parlamentar socialista afirma que a decisão de autorizar o jantar em causa não coube ao primeiro-ministro, mas aos serviços responsáveis que, neste caso, "decidiram mal".
Os dois comentadores concordaram que o tema teve uma exposição superior à sua importância, mas, Luís Montenegro insistiu na distribuição das responsabilidades.
"Há temas que são muito mais importantes para a vida das pessoas mas é preciso que os políticos, a começar por aqueles que têm mais responsabilidade, aproveitem as oportunidades para dialogar com a sociedade, chamado a atenção desses temas e não desviando a atenção", concluiu o social-democrata.