"Quem não deve não teme." Ex-presidente da Federação de Judo garante estar de consciência tranquila

O antigo presidente da Federação Portuguesa de Judo diz que está de consciência tranquila e acusa a atual direção de lançar um comunicado sem necessidade.

A casa de Jorge Fernandes, o Judo Clube de Coimbra, que dirige atualmente, e a federação foram esta quinta-feira alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária, devido a uma investigação sobre o período em que liderou o organismo e que se relaciona com uma acusação de peculato, abuso de poder e tráfico de influência.

"Quem não deve não teme. Não tem problema nenhum. Fizeram as buscas que entenderam na Federação, em minha casa, no clube. Não aprenderam nada. Queriam ver os computadores, os telemóveis. Não apreenderam nada e até fico contente porque sei que foi uma denúncia, segundo me disseram, que é para enfim, o pior que pode acontecer é ficarem dúvidas", diz Jorge Fernandes à TSF.

As buscas à sede da Federação Portuguesa de Judo foram tornadas públicas pelo próprio organismo, agora liderado por Sérgio Pina. Através de um comunicado fez questão de salientar que são referentes à gestão do antigo presidente, algo que Jorge Fernandes não compreende.

"Quando estava lá também fomos surpreendidos algumas vezes com buscas por parte da Judiciária a mandatos anteriores, só com uma diferença: não mandámos comunicados para a rua dizer que estavam a ser feitas buscas ao mandato do presidente tal", acusa.

O antigo líder da Federação Portuguesa de Judo é visado na investigação da Polícia Judiciária sobre a atribuição de subsídios ao Judo Clube de Coimbra, clube ao qual ainda preside. Jorge Fernandes deixou a federação em 2022 ao ser destituído pelo Instituto Português do Desporto e Juventude por incompatibilidade de funções.