O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje que os estatutos do partido dizem que quem não respeitar o sentido de voto no Orçamento do Estado terá «consequências».
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«É muito claro, a decisão está tomada [o sentido de voto do CDS no Orçamento] e, obviamente, os estatutos também dizem que quem não a respeitar terá obviamente consequências», afirmou Paulo Portas.
O líder democrata-cristão, que é ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, falava aos jornalistas no Parlamento acerca da indicação que foi dada pelo CDS-PP/Madeira ao deputado Rui Barreto, eleito pelo círculo da Madeira, para votar contra o Orçamento do Estado.
«O Orçamento do Estado é uma questão nacional e, por isso, os nossos estatutos dizem com clareza que a responsabilidade pelo sentido de voto num Orçamento do Estado que é nacional é uma responsabilidade da direção nacional do partido», afirmou.
«Eu não me intrometo das decisões de voto do CDS da Madeira sobre o Orçamento da Madeira no Parlamento da Madeira. Respeito a autonomia que os nossos estatutos também consagram, mas em questões nacionais, eu protegerei sempre no partido e no país o princípio da integridade e da unidade territorial», sustentou.
Portas, que encerra hoje no Parlamento o debate do Orçamento do Estado na generalidade, não respondeu a perguntas dos jornalistas.
O presidente do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues, pediu no domingo a demissão de vice-presidente da Comissão Política Nacional do partido e anunciou que o deputado centrista madeirense à Assembleia da República Rui Barreto vai votar contra o Orçamento do Estado para 2013.