"Quem nos defende não pode ser fonte de insegurança." Ministra diz que manifestação de militares "não é aceitável"
Helena Carreiras admite que é preciso "valorizar a carreira militar e investir na defesa", mas rejeita qualquer caminho que conduza a "desestabilização e insegurança”.
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Para a ministra da Defesa, Helena Carreiras, está fora de questão existirem protestos de militares na rua, possibilidade admitida esta sexta-feira pela Associação Nacional de Sargentos.
“Esta ideia de ter militares a manifestar-se não é aceitável num Estado de direito democrático. Quem nos defende não pode ser fonte de insegurança e de desestabilização”, defende Helena Carreiras em declarações à TSF. “As Forças Formadas respeitam e protegem a Constituição, não militam contra ela.”
A ministra ressalva que é importante “continuar a valorizar a carreira militar e investir na nossa defesa, sobretudo numa altura em que a guerra voltou à Europa” (...) Isso faz-se com políticas, com instituições e com diálogo”.
“Foi isso que procurei fazer e que tem acontecido”, defende a ministra da Defesa. “Esse é o caminho. Não o caminho que leva à produção de desestabilização e insegurança”, apela.
O Governo está a par do descontentamento dos militares assegura, e mantém o “diálogo com todas as estruturas e com as associações e há, naturalmente, alguns aspetos em que têm manifestado descontentamento”.
Os militares admitiram esta sexta-feira subir o tom da contestação por melhores carreiras. Ouvido pela TSF, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, António Lima Coelho não descarta sair à rua em protesto, mas garante que não haverá lugar para “aventureirismos”.