Quem teve um novo parceiro sexual nos últimos 3 a 6 meses também vai poder dar sangue
Dadores dizem que critérios agora atualizados estavam ultrapassados.
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Os portugueses que tiveram um novo parceiro sexual nos últimos três a seis meses vão ser autorizados a dar sangue, deixando este de ser considerado um comportamento de risco. Até agora a dádiva estava barrada a todos os que, independentemente da orientação sexual, tinham tido um novo parceiro sexual no último meio ano.
A nova norma da Direção-Geral da Saúde (DGS) corta o prazo para metade, prevendo que apenas aqueles que tiveram um novo contacto ou parceiro sexual nos últimos 3 meses devem ver suspensa a candidatura à dádiva de sangue.
A Federação Portuguesa dos Dadores Benévolos de Sangue concorda com a mudança. O presidente, Alberto Mota, diz à TSF que "na nossa visão faz sentido pois a ciência e a medicina estão sempre a mudar e estes critérios vão ao encontro daquilo que sempre dissemos, ou seja, de diminuir o espaço de tempo de seis para três meses".
"Hoje temos novos valores que nos levam a ter a certeza que ao fim de três meses podemos ter esses doadores outra vez connosco, pelo que julgo que está a ser muito bem avaliado", defende.
O representante dos doadores acredita que os seis meses era um prazo exagerado: "Há uns anos podia fazer sentido, mas neste momento não. A dádiva de sangue tem hoje outro tratamento que não tinha há uns anos",conclui, acreditando que esta mudança vai aumentar as dádivas de sangue.
A mudança das regras de seleção e recusa dos doadores de sangue foi notícia esta sexta-feira com a atualização da norma da DGS.
Outra das mudanças - e a mais noticiada - passa pelo fim da exclusão de voluntários com base no critério da orientação sexual.
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