Decisão terá de ser tomada pela DGS e pelo Infarmed nos próximos dias. Vacina contra a Covid-19 produzida em Oxford com a colaboração da farmacêutica AstraZeneca começa a chegar ao país na próxima semana.
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A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Infarmed ainda aguardam que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) se pronuncie sobre a quem deve ser administrada a vacina da AstraZeneca, de maneira a que todos os Estados-membros afinem pelo mesmo tom e não haja discrepâncias nos procedimentos.
A Alemanha já veio dizer que não irá usar a vacina produzida pela AstraZeneca em maiores de 65 anos, considerando que há poucos ensaios clínicos realizados sobre os efeitos da administração da vacina nas pessoas de maior idade. Outros países estão igualmente reticentes em aplicá-la aos mais idosos, como a Itália, a Holanda e mesmo a Espanha.
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O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, numa visita ao Hospital de Faro, esta segunda-feira, referia que Portugal ainda está a estudar o caso e à espera de recomendações.
"Ainda estamos a estudar e a ponderar", adiantou Lacerda Sales. "Essa é uma matéria de discussão internacional e adequaremos aquilo que é a melhor evidência científica".
"Se se vier a comprovar que é mais adequada a pessoas com menos de 55 anos, assim faremos", garante o governante. "Se assim não for, manteremos o nosso plano de vacinação tal como está". Ou seja, vacinam-se primeiro os doentes com mais de 50 anos e com comorbilidades e os idosos a partir dos 80 anos.
No entanto, se não for recomendada esta vacina a pessoas mais idosas é bem provável que o plano de vacinação tenha de ser alterado, visto que estas serão as próximas vacinas a chegar a Portugal.
A verdade é que a vacina de Oxford e da AstraZeneca, produzida no Reino Unido, já é administrada neste país aos mais idosos desde dezembro, sem que, até agora, se conheçam efeitos adversos.
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