Associação ambientalista diz que aerogeradores de futuro parque eólico têm um tamanho desproporcionado para o tamanho da Serra do Marão, descaracterizando uma paisagem património mundial.
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A Quercus vai apresentar uma queixa na UNESCO contra o projeto para construir um parque eólico na Serra do Marão com aerogeradores "gigantes" com 93 metros de altura e rotores com 114 metros de diâmetro.
O projeto consultado pela TSF prevê oito aerogeradores e está em consulta pública até 29 de maio, mas a associação ambientalista já revela muita preocupação com os efeitos sobre a paisagem considerada património mundial do Alto Douro Vinhateiro, bem como com a escassa população de lobos e a águia-real que se esperava que regressasse em breve àquela serra.
João Branco, da direção da Quercus, fala em "monstros artificiais" com a altura de prédios de cerca de 30 andares que a avançarem vão "descaracterizar de modo irreversível o alto da Serra do Marão que tem escapado ao longo dos últimos anos à febre da instalação de parque eólicos".
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Uma paisagem de aerogeradores visível "do coração do Douro Vinhateiro, especialmente de Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Peso da Régua, Lamego, Sabrosa e de outros municípios".
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É verdade que serão apenas oito aerogeradores, mas para a Quercus "o seu tamanho desmesurado" faz com que sejam "visíveis a dezenas de quilómetros, passando a influenciar de modo muito negativo a paisagem do Alto Douro Vinhateiro".
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Os ambientalistas afirmam que apesar de já serem visíveis aerogeradores na região, os que se pretendem instalar no Parque Eólico do Marão são de dimensão muito superior aos existentes, "sendo desproporcionais ao tamanho da própria serra, descaracterizando a paisagem".