A Quercus pediu à direção do Hospital da CUF Descobertas, em Lisboa, a realização de análises à qualidade do ar para avaliar "a contaminação dos solos das obras de ampliação" do Hospital.
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No final da semana passada, alguns moradores da freguesia do Parque das Nações denunciaram um cheiro a gás proveniente da construção de um parque de estacionamento subterrâneo do hospital CUF Descobertas, que decorre em solos que poderão estar contaminados.
A denúncia deu origem a uma manifestação junto à obra, que decorre no local onde existia a antiga refinaria de Cabo Ruivo.
Esta tarde, em comunicado, a associação ambientalista Quercus informou que já pediu à direção do hospital que realizasse "análises de avaliação à qualidade do ar exterior à obra" para "avaliar a situação e minimizar os impactos nos utentes desta unidade hospitalar e nos moradores nas zonas envolventes".
"O desconhecimento sobre a existência de contaminação aquando da aquisição do terreno teria sido evitado caso a nova lei prevista para regular os solos contaminados (ProSolos), atualmente em fase de 'reflexão interministerial', já tivesse sido publicada", sublinhou a nota da Quercus.
A associação ambientalista referiu ainda que solicitou também à administração do hospital garantias "no encaminhamento dos solos contaminados para um operador licenciado".
"A má classificação de resíduos é uma prática que tem promovido o encaminhamento de solos contaminados como terras de escavação, ou até mesmo a camuflagem de misturas de resíduos não triados como resíduos inertes, para projetos de recuperação paisagística", alertou.
Na segunda-feira, o vereador do PSD na Câmara Municipal de Lisboa António Prôa considerou necessário que o executivo faça um esclarecimento sobre a contaminação de solos numa obra no Parque das Nações e que tome medidas para "tranquilizar a população".