Radares para medir velocidade média dos veículos chegam a Portugal para o ano
Novos radares chegam no próximo ano e medem a velocidade média de um veículo num troço de estrada. Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados considera que é preciso investir numa política de cultura de redução da velocidade.
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Os radares para medir a velocidade média dos veículos começam a funcionar no final do próximo ano. O Jornal de Notícias avança que a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária vai iniciar, ainda este ano, com a compra de 30 radares e dez desses aparelhos vão medir a velocidade média a que os veículos percorrem um determinado troço de estrada.
Como vão funcionar os novos radares?
Os novos radares não vão estar em todos os locais assinalados, os equipamentos vão andar a circular pelas zonas assinaladas. Se estiver ativo, o radar vai anotar a hora a que o veículo entrou no troço e, depois, a horas de saída.
Se percorreu a distância em menos tempo do que o mínimo necessário para cumprir o limite de velocidade, então considera-se que ultrapassou o limite de velocidade permitido por lei e inicia-se o processo de coima.
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária considera que estes radares são um valioso instrumento contra o excesso de velocidade, mas para o presidente da Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados estes radares são "apenas um complemento".
"Radares para medir a velocidade média, radares para medir a velocidade máxima, a fiscalização, patrulhas e sanções, é todo o sistema", explica Manuel João Ramos, alertando que "o problema é que depois não há patrulhas, não há fiscalização, sanções são o que são".
O responsável acredita que "esta medida é boa se for integrada numa política geral", mas refere que o grande problema não são as vias-interurbanas, mas, sim, "desastres e mortes em meios urbanos e nisso os radares de velocidade média não podem ser usados".
É, então, preciso "induzir uma cultura de redução da velocidade", nomeadamente nas autoestradas onde se constatam "elevadíssimas velocidades".