O cabeça de lista da Aliança Portugal, Paulo Rangel, considerou hoje que a queixa do PS à CNE por inaugurações e projetos apresentados pelo Governo durante a campanha é «um sinal de desespero».
«Isso é mais um sinal de desespero. O PS está desesperado. Se alguém viu inaugurações por aí, eu não vi nenhuma. Se alguém viu, até gostava de saber quais são porque ninguém deu por elas», afirmou Paulo Rangel aos jornalistas.
Ao lado do primeiro candidato do CDS-PP, Nuno Melo, Paulo Rangel falava no final de uma visita a uma fábrica, em Penafiel.
«Mas seja como for, isso é um sinal de desespero do PS. O PS está neste momento, com a dramatização que está a fazer, com a nacionalização da campanha, a procurar enganar os portugueses, quando estas são eleições europeias, desesperado», disse.
«Basta ver os dirigentes, a maneira como eles falam. Acho que eles estão de facto preocupados. As tais ilações políticas, devem estar preocupados, porque são eles que as vão ter que tirar, não vamos ser nós», acrescentou, numa referência às afirmações do cabeça de lista socialista, Francisco Assis, de que o Governo e o Presidente da República devem tirar ilações políticas caso a coligação PSD/CDS-PP sofra uma clara derrota no próximo domingo.
O PS anunciou hoje a apresentação de uma queixa na Comissão Nacional de Eleições devido ao número de inaugurações e projetos apresentados pelo Governo durante a campanha das eleições europeias.
De acordo o dirigente socialista António Galamba, membro do secretariado nacional do PS, «desde que foram marcadas as eleições europeias, a 21 de março, o Governo já fez 25 inaugurações, assinou 20 protocolos para obras e lançou oito projetos».
À semelhança de Rangel, também o primeiro candidato do PS, Nuno Melo, considerou que «o próprio Partido Socialista terá que tirar ilações destes resultados eleitorais, não será só o senhor Presidente da República, nem será só o Governo».