"Daqui a um mês", Paulo Rangel espera apresentar o programa eleitoral. A moção que leva ao congresso prevê a criação de uma agência anticorrupção e um projeto-piloto para a regionalização.
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As mais de duas mil e seiscentas assinaturas que entregou esta tarde, na sede do PSD, parecem embalar Paulo Rangel para o sonho de um vitória no dia 27 de novembro. De tal modo, que já pensa no momento, "daqui a um mês", quando tenciona, em nome do PSD, apresentar o programa eleitoral para as legislativas antecipadas.
Mas hoje, ainda na antecâmara das diretas, Rangel não desvendou, ao contrário de Rui Rio, se estaria disponível para viabilizar um governo minoritário do PS.
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O candidato insistiu que vai pedir "uma maioria clara", mas sempre lembrou que "já houve realmente vários casos, ao longo da história constitucional portuguesa, desde 76, em que o PSD viabilizou governos minoritários do PS ou orçamentos. Nunca sucedeu o contrário até hoje".
Rangel traça "linhas vermelhas" à direita com o Chega mas "também á esquerda com o PCP e o Bloco", e desafia António Costa a fazer o mesmo.
Entre as propostas da moção "Portugal: Ambição e Esperança" está a criação de uma Comissão de Ética no PSD para validar os candidatos social-democratas, mas a ideia não será aplicada nas próximas legislativas antecipadas.
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"Esse é o plano para quando o PSD estiver em velocidade cruzeiro e a fazer a reforma dos seus estatutos e da sua vida interna", justificou Rangel, insistindo que "até dia 27, o foco não são as listas".
Ao nível nacional, a moção de Paulo Rangel propõe a criação de uma Agência Anticorrupção, por considerar que esse é um tema que "muito preocupa os cidadãos".
"Vem aí um ciclo de fundos europeus e é preciso o Estado depositar confiança naqueles que os vão aplicar".
A entrega da moção de estratégia e das duas mil e seiscentas assinaturas foram seguidas de uma conferência de imprensa "às 16 horas em ponto, como estava combinado", sublinhou Paulo Rangel.
O candidato à liderança do PSD esteve acompanhado de alguns dos apoiantes da primeira hora, como Miguel Poiares Maduro (responsável pelo programa eleitoral), Fernando Alexandre, Miguel Pinto Luz e António Leitão Amaro, entre outros.