A nova presidente da associação revelou que já foram efetuados alguns cortes, como uma viatura que tinha "um custo não aceitável", e aumentos salariais que não se vão verificar.
Corpo do artigo
A presidente da Raríssimas afirmou, esta sexta-feira, que a situação da associação é "muito grave" e apelou à ajuda de todos os portugueses, principalmente dos mecenas, para conseguir salvar a instituição.
Sem especificar valores, nomeadamente da quebra dos apoios desde o escândalo que abalou a instituição, a presidente da Raríssimas disse que encontrou a associação numa situação "muito delicada."
TSF\audio\2018\02\noticias\09\margarida_laygue_rarissimas
Em janeiro, a quebra dos donativos dos mecenas foi significativa, embora a presidente não especifique valores.
Numa conferência de imprensa marcada para assinalar o primeiro mês da nova direção da Associação, a presidente revelou que já foram efetuados alguns cortes, como uma viatura que tinha "um custo não aceitável", e ainda ao nível de alguns aumentos salariais que não se vão verificar.
As dívidas com os fornecedores estão a ser negociados e os salários a serem pagos, afirmou.
Segundo Sónia Margarida Laygue, "a situação da Raríssimas é grave e muito maior do que qualquer pessoa, direção ou presidente".
"Precisamos da ajuda de todos para salvar a Raríssimas e as pessoas que contam verdadeiramente são as pessoas raras que enriquecem o nosso dia a dia e nos mostram os nossos próprios limites enquanto seres humanos e enquanto sociedade", disse.
A suspensão de Paula Brito da Costa mantém-se, "enquanto se averigua a veracidade de alguns factos" e a nova direção tomou algumas decisões: "As contas bancárias já estão sob a nossa responsabilidade, as condições de pagamento a fornecedores já foram negociadas para nos dar tempo para agir e angariar dinheiro, já conseguimos regularizar algumas situações contratuais com alguns colaboradores e custos que consideramos não serem aceitáveis e sustentáveis para uma associação sem fins lucrativos estão a ser cortados".
"Vamos atuar com total rastreabilidade, transparência e responsabilidade em relação aos nossos gastos", garantiu Sónia Margarida Laygue.
Aos mecenas da Raríssimas será comunicado o destino dos donativos, acrescentou.
Confiante que a associação vai voltar a merecer a confiança dos mecenas, que "já ajudaram tanto", Sónia Margarida Laygue reconheceu que "o apoio do Estado é essencial e vital para a sobrevivência" da Raríssimas, uma vez que ajuda e contratualiza o serviço.