À venda há dois meses, a Santa Casa da Misericórdia adianta que a venda da lotaria instantânea do Património "decorreu acima das expectativas na fase inicial".
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Está à venda desde 18 de maio, a "raspadinha do património" foi criada pelo Ministério da Cultura com o objetivo de angariar verbas para o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural. O governo prevê angariar uma receita de cinco milhões de euros anuais.
Num balanço destes primeiros dois meses de venda, numa resposta enviada à TSF, a Santa Casa da Misericórdia adianta que " a colocação e a venda dos bilhetes da Lotaria Instantânea do Património nos mediadores dos Jogos Santa Casa decorreu acima das expectativas na fase inicial, verificando-se posteriormente uma natural estabilização."
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Numa reação a este primeiro balanço, a presidente da Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património, mantém as críticas à forma escolhida pelo governo para financiar o património. Alice Tavares entende que as "raspadinhas" são uma forma de desvalorizar o património. "Qualquer produto novo tem um período inicial de atratividade e depois passa a ser um produto como outro qualquer. Mas mantemos a posição de que não é o meio adequado de valorizarão e projeto de futuro em relação ao que deve ser o património. Não considero esta a forma correta de lidar com o assunto. É uma desvalorização por parte das entidades competentes em relação ao que deve ser o património".
A "raspadinha" do património está à venda desde 18 de maio, custa um euro e terá um prémio máximo de 10 mil euros.