Raspadinhas têm os dias contados nos CTT. Estações de correios deixam de vender lotaria
O ministro das Infraestruturas revela que a estratégia da nova administração é valorizar "serviços de proximidade".
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Para adotar apenas "serviços de proximidade", as lojas dos CTT vão deixar de vender raspadinhas. A novidade foi anunciada pelo ministro João Galamba, no Parlamento, em resposta aos deputados que alertavam para o incentivo ao vício do jogo.
O ministro das Infraestruturas apresentou-se no Parlamento para anunciar a proposta do Governo para a taxa associada à prestação de serviços postais, mas o debate arrastou um projeto de lei do Livre para "proibir a venda de bilhetes de lotaria nas estações e postos de correio".
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Em resposta ao deputado Rui Tavares, João Galamba anunciou que essa é a estratégia da nova administração dos CTT, para valorizar "serviços de proximidade" em articulação com as autarquias e as empresas.
"Os CTT vão deixar de vender raspadinhas. A atual administração vai deixar de usar a rede dos CTT para vender raspadinhas e vai dedicar-se apenas àquilo que o Governo gostaria que os CTT fizessem e a boa notícia é que a nova administração tem a mesma visão", acrescentou.
No debate, a esquerda voltou a criticar a privatização dos CTT, durante o Governo de Pedro Passos Coelho, e João Galamba admitiu que "a privatização não foi uma boa solução". Ainda assim, rejeita reverter a privatização.
"Para quem tem um martelo, todos os problemas são prego. O raciocínio do Bloco de Esquerda e PCP é muitas vezes esse. A decisão de privatizar não foi a melhor decisão, temos muitas dúvidas que reverter a privatização hoje também seja a melhor decisão", admitiu.
O ministro lembra que a administração dos CTT mudou, e a política da empresa também foi alterada, pelo que "decidiu reverter a anterior política de encerramento de muitas agências do país", em diálogo com o Governo.
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