Reabertura das escolas. "Tenho máquinas que podem fazer, em 24 horas, dez mil testes"
Laboratório de Germano de Sousa começa a processar testes de docentes e funcionários das escolas já na próxima semana.
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Um dos segredos para, a partir da próxima semana, realizar diariamente milhares de testes rápidos à Covid-19 está nas máquinas que os vão processar. É já na segunda-feira que reabrem os jardins-de-infância, creches e escolas do 1.º ciclo e os adultos que lá trabalham vão ser os primeiros a serem testados.
Os números apontam para que possam ser necessários cerca de cem mil testes por dia, uma megaoperação que avança sobretudo com os laboratórios privados.
Entre eles está o de Germano de Sousa que começa, ainda que devagar, na terça-feira. "Na primeira semana o trabalho é menos, porque será mais para os docentes e funcionários. Depois é que começaremos com os alunos do 1.º ciclo", explica à TSF.
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A ideia é que, a partir daí, o processo passe a funcionar como uma grande fábrica. E, apesar das máquinas que os laboratórios têm para processar os resultados, os testes continuam a ter de ser feitos um a um.
"Vai demorar com certeza", assinala Germano de Sousa. Por exemplo, se mil pessoas tiverem de ser testadas num só dia e dez técnicos testam, cada um, cem pessoas por dia, à medida que os testes vão para o laboratório, de forma automática, "começam a sair os resultados". No fundo, é tudo "contínuo".
Se cada resultado demorasse 20 minutos a ser conhecido, seriam precisos milhares de técnicos para fazer os testes nas escolas, mas este modelo automático, além de poupar no número de técnicos, permite fazer muitos milhares de testes por dia.
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"Tenho máquinas que podem fazer, em 24 horas, dez mil testes", conta Germano de Sousa, que explica que estes equipamentos podem ser geridos em todo o país. No final de contas, deve conseguir chegar "à vontade" aos 20 mil testes antigénio por dia.
E, se tudo funcionar como previsto, não vão faltar testes. Já há produtores a trabalhar em "quantidades industriais" porque têm fábricas capazes disso, tanto que já se comprometeram a entregar os testes necessários em função das necessidades.
Estes testes, fabricados em massa, são produzidos por laboratórios farmacêuticos ocidentais pelo que, e ao contrário do que aconteceu com os ventiladores, não vai ser preciso esperar por voos da China.