Incêndio já tinha sido dominado, mas por volta das 14h reativaram-se duas frentes "com muita intensidade".
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O incêndio que lavra desde quarta-feira em Vila Pouca de Aguiar, que já foi dominado várias vezes e alvo de reativações, encontrava-se pelas 21h00 deste sábado sem frentes ativas e em consolidação nos pontos críticos, indicou a autarquia.
De acordo com a informação disponível às 22h00 no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o fogo que começou na quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, encontrava-se em resolução.
No terreno mantinham-se 330 operacionais, apoiados por 98 viaturas. A autarquia de Vila Pouca de Aguiar explicou, num ponto da situação pelas 21:00 publicado na rede social Facebook, que o fogo se encontrava sem frentes ativas.
"Continua a proceder-se à consolidação do incêndio, principalmente dos pontos críticos", pode ler-se na publicação.
"As equipas de combate e rescaldo continuam no terreno em vigilância, atentas ao evoluir da situação", acrescentou o município.
Na mesma nota, a autarquia referiu que durante a tarde foram surgindo preocupantes reacendimentos, como nas localidades de Reboredo e Cidadelha de Jales, "controlado através de um contrafogo".
Ainda na manhã deste sábado, por volta das 11h45, o reacendimento tinha sido dominado, confirmou à TSF o Segundo Comandante Operacional Distrital de Vila Real, Artur Mota.
"Está todo em rescaldo e temos os meios posicionados", explica o responsável, reconhecendo que "o risco é se há alguma projeção" com intensidade e velocidade. Para já, "a manterem-se estas condições e se não houver mais nenhuma reativação, está a correr bem".
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O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real tinha confirmado à TSF a reativação deste fogo que tinha sido dado como dominado por volta das 21h30 desta sexta-feira.
O incêndio teve início na quarta-feira em Revel, com um alerta dado às 17h14 e, em pouco tempo, verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que teve uma progressão muito rápida em zona de pinhal e chegou a avançar em três frentes.
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As chamas queimaram perto de quatro mil hectares de pinhal, mato e culturas agrícolas do concelho de Vila Pouca de Aguiar nas duas últimas semanas.
O combate tem sido dificultado pelas condições meteorológicas, altas temperaturas durante o dia e ventos fortes e com constantes variações.
Este é o segundo grande incêndio numa semana neste concelho. O fogo que deflagrou no dia 17 de julho, em Cortinhas, Murça, evoluiu para Vila Pouca de Aguiar e queimou uma vasta área de pinhal e mato, ainda soutos, vinha e pastos.
Notícia atualizada às 23h06