Morreram mais de 70% das árvores plantadas. Receita da madeira ardida será investida nas matas
Pinhal de Leiria e outras florestas geridas pelo Estado na região centro com orçamento garantido até 2022. Há necessidade de substituir 70 a 80% das árvores replantadas nas matas nacionais do litoral.
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O Pinhal de Leiria e outras matas nacionais na região centro afetadas pelos incêndios de 2017 vão receber investimentos no valor de 18 milhões de euros, até 2022, a receita obtida pelo Estado, até agora, nos leilões de madeira ardida.
O secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, explicou, esta sexta-feira, durante uma ação de repovoamento no concelho da Marinha Grande, que parte das verbas destinam-se a cobrir prejuízos provocados pela tempestade Leslie, em 2018.
"Vamos voltar a ter um pinhal em Leiria, um pinhal na Marinha Grande, um pinhal em todo o cordão dunar deste território, nas nossas matas públicas, seguindo aquilo que é a proposta feita pela comissão científica", afirmou.
O fogo atingiu 86% do Pinhal de Leiria. Até à data, foram replantados 1.000 hectares, o equivalente a 1 milhão de árvores. Das 35 vagas para novos assistentes operacionais, só 5 estão preenchidas.
O presidente do ICNF - Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas fala de um contexto difícil para a silvicultura, com taxas de mortalidade das plantas que, em alguns zonas, passam de 15 a 20 por cento para 70 ou 80 por cento, devido à falta de humidade e às altas temperaturas.
Das matas nacionais na região centro saíram, no último ano e meio, 15 mil camiões com madeira ardida.