Recolhas de sangue e transplantes ameaçados por dívidas ao Instituto do Sangue
Organismo enfrentou várias falhas durante 2018 devido a uma divida de mais de 80 milhões de euros dos hospitais e outras entidades da saúde. Segundo o jornal Público, a dívida deste ano está a seguir o mesmo caminho.
Corpo do artigo
Quase 76 milhões de euros era quanto as entidades públicas deviam ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação no final de julho de 2019. Em 2018, o total da dívida ultrapassou os 83 milhões.
Esta falta de dinheiro afetou a compra de material e, consequentemente, a recolha de sangue e apoio a candidatos a transplantes.
O relatório de atividades do Instituto, citado pelo jornal Público, identifica dificuldades na compra de reagentes para fazer a separação de glóbulos, plaquetas e plasma.
Por outro lado, em 2018, por diversas vezes a atividade do Instituto do Sangue ficou comprometida também por avarias nos aparelhos, greves de vários grupos profissionais e a falta de um administrativo dedicado ao processo de separação dos elementos do sangue.
Uma fonte do Instituto do Sangue e da transplantação explica ao jornal que o instituto é financiado através de receita e, por isso, as dívidas de entidades externas causam grandes constrangimento na atividade operacional e no cumprimento de objetivos estratégicos.
O relatório do Instituto indica também que faltam dadores de sangue mais novos na faixa etária dos 25 aos 35 anos, uma situação que o instituto explica com o envelhecimento da população e a corrente migratória que afetou Portugal.