Reconstrução dos Passadiços do Paiva concluída até ao final de março. Custo abaixo do previsto
Em declarações à TSF, a autarca de Arouca adianta que a obra vai custar cerca de 215 mil euros, um valor abaixo do que estava previsto, que apontava para 350 mil euros
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A reconstrução dos passadiços do Paiva vai ficar concluída até ao final de março, dentro dos prazos previstos, garante a presidente da Câmara Municipal de Arouca à TSF.
Em setembro de 2024, perto de dois quilómetros desta infraestrutura foram consumidos pelas chamas. O incêndio, que apenas em três dias consumiu quase 20% do município de Arouca, causou pelo menos 5,3 milhões de euros em prejuízos e, desses, 350 mil euros referem-se apenas aos Passadiços do Paiva.
A autarca Margarida Belém assegura no entanto que, até agora, não houve derrapagens na obra. Por isso, os prazos vão ser cumpridos.
"Neste momento, estão duas equipas distintas a trabalhar em dois troços distintos dos passadiços para finalizar esta obra até ao final do mês de março", adianta.
A líder da Câmara de Arouca conta agora que a população consiga fazer este percurso na íntegra já no início de março, "entrando através da ponte pedonal suspensa a partir de Alvarenga e seguindo depois para os Passadiços do Paiva".
"Isso é uma melhoria muito significativa e no final do mês de março teremos tudo a funcionar na totalidade", assegura.
Margarida Belém avança ainda que a obra vai custar cerca de 215 mil euros, um valor abaixo do que estava previsto. A autarca refere que o valor inicialmente calculado era superior a 300 mil euros.
O incêndio que deflagrou a 17 de setembro em Arouca verificou-se por alastramento a partir do município contíguo de Castro Daire, teve várias frentes ativas em simultâneo e, até ser dado como extinto, dois dias depois, chegou a envolver o trabalho simultâneo de mais de 230 bombeiros e outros operacionais.
Na mesma semana, outros concelhos das regiões Norte e Centro do país enfrentaram grandes incêndios e mobilizaram centenas de bombeiros cada. Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas devido a esses fogos, que destruíram igualmente dezenas de habitações.
Segundo o sistema europeu de observação terrestre Copernicus, só entre os dias 15 e 20 de setembro foram queimados em Portugal continental cerca de 135 mil hectares e, desses, mais de 116 mil estão situados no Norte e Centro, que assim concentra a maior parte da área ardida em território nacional.
