Objetivo é facilitar a mobilidade de todos, incluindo deficientes e idosos, mudando passadeiras, passeios ou sinais luminosos.
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O Governo vai avançar com o maior programa alguma vez lançado em Portugal para ter ruas e cidades mais amigas de que tem mais dificuldades de locomoção.
O Programa ACESSO+ pretende levar as câmaras municipais a melhorarem as acessibilidades, num projeto-piloto de promoção de acessibilidade inclusiva, pensando sobretudo nos deficientes, mas também nos mais idosos.
Com a ajuda de fundos europeus, o financiamento disponível será de 15 milhões de euros para promover acessibilidades urbanas para todos nos municípios que se candidatem.
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Ana Sofia Antunes sublinha que não basta pensar nos centros históricos, mas também olhar para outras zonas urbanas pois "as pessoas andam por todo o lado".
O programa pretende ajudar a acabar com as barreiras arquitetónicas mais comuns: "Rebaixamento ou alteamento de passadeiras, introdução de marcações táteis nas passadeiras, sinais sonoros, criação de rampas para os edifícios, além da eliminação de material urbano dispensável e desnecessário que ocupa os passeios criando armadilhas terríveis para pessoas com deficiências físicas ou sensoriais".
"Pelo menos queremos ruas mais simpáticas e, em muitos sítios, isso passa por repensar os pavimentos e os materiais na via pública", diz a governante.
Os perigos da calçada portuguesa
Ana Sofia Antunes diz que "é muito bonito dizermos que temos uma calçada portuguesa que é património histórico e não queremos colocar isso em causa, mas temos de pensar como fazemos coexistir este património com um pavimento mais amigo de quem caminha, garantindo a segurança não apenas das pessoas com deficiência mas também dos idosos ou de quem anda com malas ou carrinhos de bebé"
A secretário de Estado sublinha que em Lisboa há cada vez mais ciclovias e também se tem visto cada vez mais o peão a passar da calçada portuguesa para as ciclovias onde "toda a gente prefere caminhar", algo que não acontece por acaso.
"Isto acontece porque o peão procura conforto e segurança na sua caminhada", argumenta Ana Sofia Antunes, que sublinha que são "impressionantes" os números de idosos que já tiveram uma queda na calçada portuguesa.
O Programa ACESSO+, que pretende investir 15 milhões de euros para facilitar as acessibilidades urbanas para quem tem mobilidade mais reduzida, é promovido pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social com o Ministério do Planeamento e Infraestruturas.
A meta é criar ainda um ranking dos municípios com melhores acessibilidades, sendo ainda atribuídos prémios aos melhores projetos.