"Recuperação ativa e condições de higiene." Cruz Vermelha cria espaços de descanso para operacionais no combate aos incêndios
"A Cruz Vermelha sempre assumiu um papel de retaguarda e complementar no combate a incêndios, já que não fazemos o combate direto aos incêndios, e foi um algo que nós fomos notando que havia uma necessidade também de haver cada vez mais um apoio aos operacionais", explica Gonçalo Órfão à TSF
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A Cruz Vermelha está a dar apoio aos operacionais envolvidos no combate a incêndios através da criação de espaços de descanso. Os "Rest Spaces" foram inaugurados pela primeira vez no incêndio de Ponte da Barca.
"A primeira vez que foi operacionalizado com toda a capacidade idealizada foi em Ponte da Barca. Na verdade, há um projeto que já vem sendo desenvolvido e pensado nos últimos três anos, através da identificação das necessidades do terreno. A Cruz Vermelha sempre assumiu um papel de retaguarda e complementar no combate a incêndios, já que não fazemos o combate direto aos incêndios, e foi um algo que nós fomos notando que havia uma necessidade também de haver cada vez mais um apoio aos operacionais dos incêndios e daí temos idealizado este modelo de resposta mais completo, mais holístico, perante as necessidades operacionais", explica o coordenador nacional de Emergência da Cruz Vermelha, Gonçalo Órfão, à TSF.
Os operacionais têm assim espaços para descansar, fazer a higiene, ter apoio psicológico: "Não limitar equipamentos, mas limitar também uma recuperação ativa, condições de higiene, condições de banho e condições para que efetivamente operacionais possam ter uma recuperação mais ativa."
O coordenador nacional de Emergência da Cruz Vermelha explica que em Ponte da Barca a Cruz Vermelha apoiou mais de cem operacionais através destes espaços. Em Vila Real já estão prontos para acolher quem precise de descansar
"Em Ponte da Barca tivemos mais de cem operacionais que acabaram por pernoitar e beneficiar dos espaços. Em Vila Real, esta noite já tivemos alguns elementos, sendo que agora estamos a preparar-nos para a próxima noite. Estes períodos, apesar de serem descansos rotativos, mas temos capacidade, em termos de equipamentos consumíveis, para acolher até cem operacionais num sistema rotação, sendo que não conseguimos ter cem em permanência", adianta.
Gonçalo Órfão considera que em cenários de incêndios muito exigentes são necessárias respostas adaptadas a quem os combate.
