Redução do preço de bilhetes e passes. "É prudente considerar verba complementar" no OE
Respondendo a Matos Fernandes, Cabaço Martins considera que o Orçamento do Estado deve "conter uma verba considerável, porque a recuperação de passageiros pressupõe tempo e que não haja recuos no combate à pandemia".
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Matos Fernandes afirmou, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, que o Governo vai cortar no financiamento com que apoia a redução do preço dos bilhetes e passes nos transportes públicos. Cabaço Martins, presidente da associação de transportes de passageiros, admitiu que com o regresso dos passageiros as empresas vão recuperar alguma verba, mas o corte não pode ir fundo demais, porque o impacto da pandemia ainda vai durar.
"Penso que do ponto de vista orçamental é prudente que consideremos alguma verba complementar porque na realidade estamos em outubro e o número de passageiros relativamente a 2019 está, em média nacional, cerca de 50%. Portanto, temos de ter consciência de que este número não vai de um mês para o outro subir exponencialmente", explica em declarações à TSF, sublinhando que "é bom que o orçamento de Estado contenha ainda uma verba considerável deste complemento, porque a recuperação de passageiros pressupõe tempo e que não haja recuos neste combate à pandemia".
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Cabaço Martins considera que "é razoável uma redução da verba de 2021 porque há nitidamente uma recuperação do número de passageiros". O presidente da associação de transportes públicos frisou que "seria prudente e consideraria a verba de 2021 com uma ligeira redução, porque o facto de estar previsto no orçamento de Estado não significa que o gaste".
"Se não for necessário, essa verba poderá ser usada para combater o défice. Não tem problema nenhum considerar uma verba à cautela para que o serviço público de transportes não seja prejudicado", explicou.
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