Reforços em Borba: cães, mais uma bomba de drenagem e um submarino com controlo remoto

As operações de busca na pedreira atingida pelo deslizamento de terras e consequente colapso do troço da estrada que liga Borba a Vila Viçosa foram retomadas esta manhã.

Num ponto de situação, o comandante distrital de operações de socorro de Évora, José Ribeiro, diz que foi feito um "reforço da drenagem com mais uma bomba e está a ser avaliada a possibilidade de instalar novas bombas", dependendo do comportamento da linha de água.

Em simultâneo, em colaboração com a Marinha será levada a cabo "uma ação de busca e reconhecimento do fundo da pedreira" com recurso a um veículo submarino com controlo remoto.

Trata-se de um um sonar com equipamento para mergulho até 40 metros de profundidade que nunca fui utilizado em condições como as das pedreiras de Borba.

Está ainda prevista a intervenção de equipas cinotécnicas no local "onde se supõe que esteja o trabalhador que está desaparecido".

José Ribeiro reitera a morosidade e complexidade do processo, lembrando que a prioridade é assegurar a segurança dos operacionais no terreno.

Nesse sentido, vão ser instalados na escarpa equipamentos permitam monitorização de movimento em tempo real, sistema que permite "um alerta mais precoce de um eventual [novo deslizamento".

O comandante distrital de operações diz que durante a noite ocorreram alguns deslizamento de terra e admite que a chuva pode comprometer a segurança e dificultar as operações.

Tudo terá de ser feito "passo a passo, com muita ponderação e cuidado, para não termos nenhuma surpresa."

Um deslizamento de terras provocou o abatimento de cerca de 100 metros da antiga estrada nacional entre Borba e Vila Viçosa para o interior da pedreira contígua, arrastando uma retroescavadora, um carro e uma carrinha de caixa aberta para além de terra, pedras e blocos de mármore.

Há pelo menos dois mortos, além de três pessoas desaparecidas.

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