Regras de isolamento mais flexíveis nas escolas, máscaras e rastreios continuam
No próximo ano letivo, turmas inteiras já não vão ser obrigadas a ficar em casa durante duas semanas sempre que seja detetado um caso positivo, como aconteceu a partir de abril.
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As orientações sobre isolamento profilático de contactos de baixo risco vão ser mais flexíveis no próximo ano letivo, segundo o novo referencial da Direção-Geral da Saúde (DGS) publicado esta terça-feira, que mantém a utilização de máscara e o rastreio inicial.
No âmbito das medidas para as escolas de combate à pandemia de Covid-19, no próximo ano letivo, turmas inteiras já não vão ser obrigadas a ficar em casa durante duas semanas sempre que seja detetado um caso positivo, como aconteceu a partir de abril, quando a DGS reviu o protocolo de atuação para essas situações.
As orientações foram agora revistas, a duas semanas do início das aulas, e vão ser mais flexíveis, uma vez que os contactos considerados de baixo risco ou que testem negativo devem regressar à escola.
Em declarações à TSF, o Presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas diz que é fundamental reforçar a testagem e manter as regras de higiene. David Sousa concorda com a flexibilização das regras relativas aos contactos de baixo risco.
"Tem que haver uma estratégia de comunicação muito forte que permita que nós passemos para as famílias, alunos e para a comunidade em geral esta ideia de que só a manutenção, a vigilância e o cumprimento das normas que estão previstas vai permitir a proteção de todos", considera.
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Para o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, as normas publicadas pela DGS não trazem novidades. Também ouvido pela TSF, Manuel Pereira sublinha que confia nas orientações agora conhecidas.
"As escolas estão a preparar-se exatamente da mesma forma que se preparam no ano letivo anterior para garantir a segurança dos alunos e dar confiança à comunidade educativa", afirma.
TSF\audio\2021\08\noticias\31\11_manuel_pereira_nao_tem_novidades
Segundo o referencial esta terça-feira publicado na página da DGS, em situação de 'cluster' ou surto, as autoridades de saúde podem determinar o encerramento de uma ou mais turmas ou zonas da escola, ou de todo o estabelecimento de ensino.
No entanto, acrescenta o documento, "os contactos de baixo risco e/ou os contactos de contactos cujos testes sejam negativos devem interromper o isolamento profilático, retomando a respetiva atividade letiva".
Esta é a principal novidade para o próximo ano letivo, que arranca entre 14 e 17 de setembro durante o qual se mantém a grande maioria das regras de segurança sanitária, incluindo a utilização obrigatória de máscara a partir dos 10 anos e "fortemente recomendada" para os mais novos.
Por isso, no mesmo documento, refere-se ainda que as regras do próximo ano não deverão pôr em causa "a frequência de atividades de apoio à recuperação de aprendizagens", como o apoio tutorial específico, disciplinas opcionais, regimes articulados ou o desporto escolar.
As novas orientações mantêm a grande maioria das regras de segurança sanitária, incluindo a utilização obrigatória de máscara a partir dos 10 anos e "fortemente recomendada" para os mais novos, a partir do 1.º ciclo.
À semelhança do que aconteceu no ano letivo passado, quando as escolas reabriram em abril, vai também repetir-se a realização de rastreios antes do início das aulas, que vão abranger os professores e funcionários de todos os níveis de ensino e os alunos a partir do 3.º ciclo.
Esses rastreios serão feitos em três fases: até ao final da primeira semana de aulas, serão testados os profissionais das escolas, num exercício que começa a 06 de setembro e termina no dia 17. Seguem-se os alunos do secundário nas duas semanas seguintes, entre 20 de setembro e 01 de outubro, e finalmente os alunos do 3.º ciclo, entre 04 e 15 de outubro.
Além destas medidas, o distanciamento físico sempre que possível, a organização dos alunos em "grupos bolha", a preferência por atividades ao ar livre e a definição de circuitos são algumas de outras regras a que as escolas já se habituaram no ano passado e que deverão manter.
No próximo ano letivo, uma parte significativa dos alunos já estará vacinada contra a covid-19, depois de a DGS ter recomendado a vacinação das crianças e jovens a partir dos 12 anos, no entanto, as novas orientações não fazem qualquer distinção.
Assim, com cerca de 75% dos jovens entre os 12 e os 17 anos atualmente já vacinados com a primeira dose, todos cumprirão as mesmas regras de isolamento, utilização de máscara ou testagem.
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