As temperaturas muitas baixas estão de volta e para os médicos de saúde pública podem contribuir para um aumento dos casos de gripe. A Direção-Geral da Saúde garante que os hospitais estão preparados para dar uma resposta adequada se houver um aumento da procura.
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A Direção-Geral da Saúde não está alarmada com o regresso do frio intenso. A DGS garante que os hospitais estão preparados responder a um eventual segundo pico de gripe ou aumento da mortalidade devido à nova vaga de frio que está a atingir Portugal.
A sub-diretora Graça Freitas explica que até hoje, terminado um dia de descida das temperaturas, não há sinais de crescimento da atividade gripal. No entanto, se o cenário se alterar, ela diz que os serviços de saúde estão melhor preparados para um crescimento da procura motivada pelo frio.
O Diretor-geral da Saúde disse no início da semana que o surto de gripe em Portugal já atingiu «o pico máximo» e começou até a descer. A mortalidade causada pelo frio e outras complicações associadas também já estabilizou. Apesar disto, Graça Freitas admite que o regresso do frio pode inverter estas tendências.
Os médicos de saúde pública fazem um prognóstico diferente e admitem que estão preocupados com o regresso do frio intenso.
Para Mário Durval, da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, o problema é que o frio destes dias potencia a gripe e outras doenças respiratórias ou cardio-vasculares, que foram mais determinantes no aumento da mortalidade do início do ano.