Resultado da auditoria ao Novo Banco chega às mãos do Governo na segunda-feira
Relatório final da auditoria da Deloitte à gestão do BES e Novo Banco entre 2000 e 2018 vai ser conhecido pelo Executivo a 31 de agosto, e situa a origem dos buracos nas contas numa fase anterior a 2014 e nos ativos herdados pela instituição gerida por Salgado.
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A auditoria à gestão do BES entre 2000 e 2018 revela que a origem dos problemas do Novo Banco reside no período de pré-resolução pela instituição bancária. Em suma, o documento, já elaborado, refere que a responsabilidade pelos buracos nas contas do banco recai nos nos ativos herdados.
O buraco do Novo Banco remonta assim a uma fase anterior a 3 de agosto de 2014. O passivo do banco desde a resolução passou de 2,6 mil milhões de euros para 6,5 mil milhões de euros em 2019, devido, sobretudo, ao aumento dos juros das obrigações.
O Jornal Económico também adianta que o documento final referente à auditoria ao Novo Banco será conhecido pelo Executivo na segunda-feira, e encontra-se em conclusão, faltando apenas os esclarecimentos da instituição bancária e do Fundo de Resolução. Tal significa que o resultado da auditoria chegará às mãos do Governo um mês depois da data anunciada por António Costa para o envio do relatório ao Executivo e ao Parlamento.
O atraso da entrega do relatório preliminar, que aconteceu a 31 de julho por imposição do ministro das Finanças, deveu-se à "complexidade" da auditoria efetuada. Até ao momento, os deputados não têm conhecimento desta versão preliminar, apesar da insistência de Mariana Mortágua, que defendeu a divulgação para os constituintes da Assembleia da República.