"Remendos" e "propaganda". Sindicatos médicos criticam plano de mobilidade para o Algarve
A FNAM e o SIM defendem que há um problema estrutural de falta de profissionais na região que só se resolve com medidas atrativas que possam fixar médicos na região.
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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) consideram que há um problema estrutural de falta de médicos por resolver na região do Algarve e que não é com planos sazonais que se resolve a situação.
Desde 2016 que o Ministério da Saúde publica o despacho visando a mobilidade e o reforço dos serviços hospitalares no verão no Algarve.
E desde essa altura que nem um único médico se desloca para a região. Os concursos ficam desertos.
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Este ano, a ARS do Algarve fez saber que necessita de 66 médicos de várias especialidades para o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, com áreas mais carenciadas como a anestesia, ortopedia, obstetrícia ou pediatria.
Este ano, além das ajudas de custo, o Ministério da Saúde anuncia que vai disponibilizar alojamento para os médicos, de acordo com as disponibilidades locais. Serão apartamentos do próprio centro hospitalar em Faro e em Lagos. Mário Jorge Neves, o Presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) considera que nada se vai alterar e que o Ministério da Saúde está apenas fazer apenas remendos.
Jorge Roque da Cunha secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) argumenta também que tudo não passa de propaganda governamental que não terá resultados. Ambos os sindicatos consideram que há um problema estrutural de falta de profissionais na região que só se resolve com medidas atrativas que possam fixar médicos na região.
Exemplo destas carências é o que acontece no Hospital de Faro onde a ortopedia tem apenas um quarto dos profissionais necessários e a obstetrícia, apenas um terço.