António Costa vestiu o colete amarelo para visitar as obras de requalificação do IP3, fundamentais para a ligação ao litoral e à Europa. Apesar de ter tentado fugir ao tema Rio, ainda deixou uma farpa à escolha de Arlindo Cunha.
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Requalificação no IP3, mas não no PSD. Em plenas obras de requalificação da estrada que faz a ligação entre Coimbra e Viseu, António Costa usou a ironia para responder à escolha de Rui Rio para o Ministério da Agricultura, caso os sociais-democratas venham a vencer as eleições.
"É um grande sinal de rejuvenescimento do PSD, modernizam, rejuvenescem, renovam quadros", ironizou o secretário-geral do PS, já com muitos dos microfones dos jornalistas desligados e depois de ter recusado responder à informação de que Arlindo Cunha, antigo ministro de Cavaco Silva, seria a escolha do líder do PSD para a pasta da Agricultura.
A obra que não pode parar
Na estrada, e no meio das máquinas que estão a remover o alcatrão antigo para que seja colocado novo em breve, António Costa lembrou que morreram 24 pessoas no IP3 na última década e que finalmente "a obra prometida há muitos anos" avançou.
Agora é dar "continuidade ao trabalho que se iniciou e não deixar a obra parar", nomeadamente porque se trata de uma "obra prioritária" e "importante para a internacionalização da nossa economia e para a ligação do nosso território à Europa, deste território interior à nossa faixa litoral".
Na região centro, o IP3 é a principal rota internacional do país, já que faz a ligação entre a A1 no nó de Coimbra e a A25 no nó de Viseu, e a requalificação desta estrada tem sido adiada nos últimos anos e só agora começou. Nesta primeira fase, na região de Penacova, são 16 quilómetros de obras e de condicionamento de trânsito.
Rafael Almeida, gestor da obra, recebeu António Costa e admitiu que os 11 meses de prazo de execução é um prazo muito curto no entender de quem está a trabalhar. O responsável explicou ainda que se trata de uma requalificação e não de uma duplicação de faixas como no caso de uma autoestrada.
"Quis libertar a agenda"
António Costa falou ainda sobre o furacão Lorenzo, que o levou a alterar a campanha eleitoral, e admitiu que "quis libertar a agenda" por se tratar de uma "situação preocupante".
O candidato do PS vestiu aqui a pele de primeiro-ministro para assegurar uma possível presença nos Açores tendo em conta os efeitos da passagem do furacão.
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