A directora do serviço de Imunohemoterapia, Dialina Brilhante, alerta que, nesta altura, as reservas de plaquetas chegam apenas para dois dias.
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"Temos plaquetas, eventualmente, para hoje e talvez amanhã", alerta Dialina Brilhante, directora do serviço de Imunohemoterapia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa.
Todos os anos, as dádivas costumam descer em altura de férias, mas talvez devido à actual vaga de calor, tem havido ainda menos dadores. "Claro que temos (sangue) para as situações de emergência, mas estamos com stocks que não nos dão grande à vontade", realça a médica.
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Dialina Brilhante explica que o sangue pode ser dividido em eritrócitos (glóbulos vermelhos), plaquetas e plasma. As plaquetas são as que fazem mais falta aos doentes oncológicos, em especial aos transplantados, hematológicos e a quem faz quimioterapia. Mas enquanto basta um saco de concentrado de eritrócitos, para suprir a redução desse componente do sangue, "são necessários cinco ou seis dadores para ter uma dose terapêutica de plaquetas". Além disso, os eritrócitos têm um prazo de validade de 42 dias, enquanto as plaquetas só podem ser usadas no máximo até cinco a sete dias.
Com as reservas de sangue abaixo do "confortável", Dialina Brilhante lança um apelo, mesmo a quem está de férias: "Venham dar sangue. Não se esqueçam de nós."
Para dar sangue, terá de ter mais de 18 anos e ser saudável.
O IPO de Lisboa recebe dádivas nos dias úteis entre as 09h00 e 16h00.
Aos sábados, até às 11h00.
Pode também fazer o agendamento online, no site do Instituto Português de Oncologia.
* A autora não escreve segundo as normas do novo acordo ortográfico