Autarca lamenta a equiparação de detritos hospitalares a lixo doméstico.
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O presidente da Câmara Municipal de Valongo apela ao Ministro do Ambiente para que os resíduos hospitalares que continuam a ser depositados no aterro de Sobrado sejam incinerados.
José Manuel Ribeiro enviou uma carta à tutela, com conhecimento à Direção-Geral de Saúde e à Agência Portuguesa do Ambiente, para lamentar que, em plena pandemia, estes detritos sejam equiparados a lixo doméstico e afirmar que está em causa a saúde pública.
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"Ninguém nos garante que não haja risco de contágio, estamos num tempo em que não podemos facilitar. É muito grave se viermos a descobrir que estes resíduos, que supostamente não são perigosos, afinal são perigosos. Com a exigência que hoje estamos a ter com a população, não sabemos que tipo de perigosidade estes resíduos hospitalares têm e aquilo que apelo ao governo é se não faria sentido obrigar esses resíduos a serem queimados."
O autarca de Valongo sublinha que 80% dos resíduos produzidos hospitais são equiparados aos domésticos, o que pode levar à transmissão de doenças com riscos infecciosos.
"Embalagens vazias de medicamentos ou outros produtos, frascos de soro... Estamos perante uma pandemia muito grave e quem garante que estes resíduos não são perigosos, que mandar para aterro é o procedimento correto nesta fase? Estima-se que cerca de 80% dos resíduos produzidos nas unidades de cuidados de saúde, estamos também a falar das unidades de rede local, os centros de saúde, que agora estão a receber doentes com Covid-19... 80% desses resíduos são equiparados a domésticos e enviados para aterro. Isto suscita-me muita preocupação."
O presidente da Câmara Municipal de Valongo apela ao governo para que os resíduos hospitalares sejam encaminhados para incineração e não para um aterro de resíduos não perigosos.
José Manuel Ribeiro pede ainda a revisão em conformidade das orientações e recomendações da Agência Portuguesa do Ambiente sobre a gestão de resíduos em situação de pandemia por Covid-19.