O Ano do Tigre arranca tímido nas celebrações. "Está mau para o negócio na restauração", admite o presidente da Liga dos Chineses.
Corpo do artigo
O Ano Novo Chinês arrancou esta terça-feira, sob o signo do Tigre, mas o negócio já viu melhores dias, sobretudo na restauração.
O presidente da Liga dos Chineses em Portugal, Y Ping Chow, afirma à TSF que a quebra não é tão sentida nas lojas que vendem utensílios domésticos, roupas, brinquedos e quinquilharias, mas nota que há cancelamentos de reservas para almoços e jantares para celebrar aquela que também é conhecida como Festa da Primavera.
TSF\audio\2022\02\noticias\02\y_ping_chow_ano_novo_chines_portuguese
Y Ping Chow refere que o Ano Novo Chinês já "é uma data que os portugueses sentem e festejam" com a comunidade asiática, mas o problema é a Covid-19, que tem levado ao cancelamento das festividades, que antes contavam com o apoio da Embaixada chinesa e até das autarquias, como no caso de Lisboa.
"No comércio não se sente tanto. Mas no caso dos restaurantes está mesmo mau. É complicado fazer as pessoas saírem de casa quando a pandemia continua tão grave", afirma.
Sem adiantar números, o presidente da Liga dos Chineses em Portugal diz que "está mau para todos", e de Norte a Sul, não só em Lisboa e no Porto. "Não podemos fazer festas, ou só podemos fazer para pequenos grupos. Temos de aguardar:"
Já sobre se é favorável ao levantamento das restrições contra a Covid-19, o empresário responde com cautela: "Acho que sim, desde que seja com controlo e se possa eliminar este vírus será uma boa notícia. Se vamos abrir só para recuperar algum negócio, mas continuar a agravar a pandemia, é preferível esperar um pouco."
Y Ping Chow refere também que os atrasos nos transportes de contentores têm elevado o custo das mercadorias. No entanto, adianta, não há falta de objetos decorativos para celebrar o Ano Novo Chinês, até porque, normalmente, estes adereços são mais para consumo interno da comunidade chinesa em Portugal. "O que há é para uso caseiro e não para venda. Claro que nesta altura também há lanternas à venda, mas essas utilizam-se sempre", resume.
LEIA AQUI TUDO SOBRE A PANDEMIA DE COVID-19