"Resume-se a um logro." PS acusa PSD de mentir e apresentar soluções "incoerentes" para IRS
Para João Torres, secretário-geral adjunto do PS, o PSD "chegou tarde" ao debate sobre a descida do IRS.
Corpo do artigo
O PS reagiu esta quarta-feira à proposta detalhada de redução fiscal do PSD, considerando tratar-se de "um logro". Os socialistas acusam ainda os sociais-democratas de mentir e apresentarem soluções "incoerentes".
"É incoerente e assenta numa mentira, que é a mentira da apropriação pelo estado do excesso de receita fiscal. É excessivamente regressivo, enganador para os mais jovens e não responde, ao contrário do que sugere, aos desafios e aos problemas de produtividade no nosso país. Prejudica a carreira contributiva dos trabalhadores e até potencialmente a sua proteção social. E limita a ação do Estado para responder aos momentos de maior dificuldade e a situações de natureza inesperada", disse o secretário-geral adjunto do PS, João Torres, em declarações aos jornalistas.
TSF\audio\2023\08\noticias\16\joao_torres_1_15h00_mentira
"Este conjunto de propostas resume-se a um logro", acrescentou, descrevendo "cada um dos pecados capitais".
LEIA A PROPOSTA DE REDUÇÃO FISCAL DO PSD NA ÍNTEGRA
Por outro lado, João Torres sublinhou que o PSD "chegou tarde" ao debate sobre a descida do IRS no país e elencou aquilo que o Governo socialista, "ambicioso" e incisivo", tem conquistado.
"Em Portugal nunca houve tantos trabalhadores qualificados. João hoje cerca de 1,6 milhões, mais 500 mil do que em 2015. Em Portugal nunca houve também tantos investigadores nas nossas empresas, cerca de 47 mil, o que significa o dobro face ao ano de 2015. Em 2022, no que diz respeito ao investimento, o aumento verificado foi de 13,6%, atingindo o máximo histórico de 32 milhões de euros", disse.
TSF\audio\2023\08\noticias\16\joao_torres_1_15h00_chegou_tarde
Sobre o quadro a longo prazo que o PSD propõe com uma "significativa valorização salarial real", João Torres lembrou que o Governo já o fez com "a assinatura em outubro de 2022 com um acordo de rendimentos e competitividade".
Para o secretário-geral adjunto do PS, "a proposta do PSD agrava a desigualdade salarial" e "é, por isso, com o PS que os portugueses têm de continuar a contar".
As propostas de redução fiscal vão a debate no parlamento dia 20 de setembro.