Reunião com ministro: Sevenair acredita na continuidade dos voos Bragança-Portimão
Problema com o envio dos relatórios de execução financeira bloqueou o adiantamento de verbas para a realização dos voos.
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Pode haver esperança para a continuidade da ligação aérea entre Bragança e Portimão. A linha aérea tem uma suspensão "temporária" com início marcado para o dia 22 de fevereiro, mas o presidente da Sevenair esteve conversou na noite desta quarta-feira com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, numa tentativa de evitar que a ligação seja mesmo suspensa.
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A decisão é motivada pela não-formalização do novo contrato de concessão de serviço público, que aguarda o visto do Tribunal de Contas. O diretor comercial da Sevenair, Alexandre Alves, explica que o ministro prometeu tudo fazer para evitar que ameaça se torne realidade.
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"Foi muito recetivo à situação e prometeu agilizar e encontrar uma solução num curto espaço de tempo", garante Alexandre Alves. No que diz respeito à Sevenair, a empresa acredita que é mesmo possível encontrar uma solução.
A ausência de um novo contrato de concessão tem levado o Governo a prorrogar o contrato anterior, atribuindo verbas que permitam à empresa manter a operação. No entanto, Alexandre Alves garante que a empresa não recebe qualquer financiamento desde março - quase um ano.
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Esta quarta-feira, o Governo explicou que a não-disponibilização de verbas se deve ao facto de a empresa não ter enviado o relatório de execução financeira de cada uma das prorrogações ao Instituto de Gestão Financeira (IGF). A empresa contesta a justificação e, por Alexandre Alves, garante que o procedimento seguido foi sempre o de apresentar as contas do ano inteiro.
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"Quando enviamos os relatórios de contas temos de fazer o fecho do ano, que vai ser feito agora em março", explica. Depois de fechado o ano, a empresa ainda tem de "certificar" as contas. "Só nessa altura é que o podemos enviar ao IGF."
Dada esta justificação, a empresa diz que "não percebe" a confusão com os documentos. "Houve talvez algumas modificações no ministério que fizeram com que aquilo a que já estávamos habituados - o tal adiantamento - deixasse de ser feito."
Perante esta situação, a empresa diz ter a haver, entre os vários contratos, "quase quatro milhões de euros". Este é um valor, que segundo a Sevenair, impede a companhia de manter a ligação aérea entre Bragança e Portimão a partir do próximo dia 23 de fevereiro.