A Associação SOS Ria Formosa encontra-se esta tarde com um assessor do Presidente da República. Os ilhéus querem ver travadas as demolições na zona e ser reconhecidos como núcleos históricos.
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Com demolições novamente à vista, as associações de moradores dos núcleos do Farol e dos Hangares, na Ilha da Culatra, recorreram ao Presidente da República e vão ser recebidos, esta segunda-feira, por um assessor de Marcelo Rebelo de Sousa.
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Vanessa Morgado, da Associação SOS Ria Formosa, alega que pretendem ver avançar a revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) entre Vilamoura e Vila Real de Santo António, já que foi o único POOC no país que não foi alvo de qualquer alteração. A associação diz querer também "que não haja dois pesos e duas medidas" para quem vive junto à Ria Formosa.
"Queria que revissem o artigo 37.º, que é o que fala em renaturalização, e o Estado entende isso como demolição de tudo", afirma. Mas na Ilha da Armona, por exemplo, nenhuma casa será demolida, já que a ilha está sob o domínio da câmara de Olhão. Há também muitas habitações noutros locais, inclusive vivendas de luxo, que estão a menos de 40 metros da linha da água e que não vão abaixo.
"Exigimos os mesmos direitos, não pode haver critérios diferentes para situações iguais", defendeu Vanessa Morgado.
Os proprietários das 22 casas previstas para demolição (12 no farol e 10 nos Hangares) já foram notificados de que as suas habitações começarão a ser demolidas no dia 28 de fevereiro.
Vanessa Morgado argumenta que há casas que não podem ir abaixo, uma vez que são casas de primeira habitação ou pertencem a mariscadores. O protesto já seguiu para o Ministério do Ambiente e agora chega também a Belém.