Moedas justificou a escolha de Mexia por ser uma pessoa que pode agregar uma visão diferente de fora das máquinas partidárias.
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O médico Ricardo Mexia, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, que ganhou notoriedade ao longo da pandemia, é o diretor de campanha de Carlos Moedas para a candidatura à Câmara de Lisboa. O anúncio foi feito na Praça do Marquês de Pombal, na inauguração do primeiro cartaz da candidatura.
Carlos Moedas justificou a escolha de Mexia por ser uma pessoa que, gostando de política, pode vir agregar uma visão diferente de fora das máquinas partidárias.
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"Queremos uma campanha que venha pelas pessoas. Temos de ter alguém que venha de outro mundo. As pessoas não estavam à espera, mas é importante para mudar a forma como fazemos política. O Ricardo Mexia representa isso mesmo", garantiu.
Ricardo Mexia apontou também à mudança da liderança socialista "que está em franco declínio".
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Ainda assim, a iniciativa do candidato social-democrata ficou marcada por outro tema: o pedido do PS para que Carlos Moedas vá à Assembleia da República responder às questões sobre o buraco financeiro no BES.
Moedas acusa PS de tentar prejudicar candidatura
Para o candidato do PSD, está tudo relacionado com a campanha: "Só percebo esta chamada porque sou candidato à presidência da câmara. O meu oponente deveria estar chateado por não ter sido chamado", atirou.
Moedas acrescentou que as intenções do PS são meramente políticas, lembrando que "está tudo esclarecido" quanto ao caso BES. "Vou ao Parlamento com muito gosto, mas não é como antigo secretário de Estado, é como candidato à presidência da câmara de Lisboa", disse.
Carlos Moedas é antigo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, no Governo de Passos Coelho, quando se deu a queda do banco liderado por Ricardo Salgado.
O PS garante que os agentes políticos sabiam do buraco financeiro no BES, depois de uma reunião em maio de 2014 que juntou Ricardo Salgado, o Presidente da República Cavaco Silva, o então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, a ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque e o secretário de Estado Adjunto Carlos Moedas.
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