Destacou-se na comissão de Pescas no Parlamento Europeu, saiu das listas do PS nas últimas eleições mas foi agora recompensado com uma pasta no segundo governo de António Costa, a do Mar.
Corpo do artigo
Nasceu numa terra sem mar, Portalegre, mas desde cedo se dedicou ao estudo dos oceanos e da biologia marinha.
Fez do tema vida profissional e era até agora investigador principal na Universidade dos Açores. Nesta mesma instituição dirigiu o departamento de oceanografia e pescas, foi pró-reitor e ainda presidente do Instituto do Mar.
Começou a carreira académica com um curso de Psicologia e Ecologia Comportamental no Instituto Superior de Psicologia Aplicada, mais tarde doutorou-se em Biologia e Ecologia Animal na Universidade de Liverpool, no Reino Unido.
11408297
Casado e pai de dois filhos, este académico de 65 anos não é estranho à vida política: foi eurodeputado independente eleito pelo PS na anterior legislatura europeia.
No currículo académico, pode ler-se que os interesses de Ricardo Serrão Santos "incluem a conservação dos habitats e da biodiversidade marinhos dos ecossistemas de litoral e mar profundo da região dos Açores, a implementação de Áreas Marinhas Protegidas e avaliação dos seus benefícios". Enquanto eurodeputado, deixou marca na comissão das Pescas onde chegou a ser coordenador pelo grupo dos Socialistas e Democratas.
Quando deixou Bruxelas não escondeu que tinha vontade de continuar o trabalho que vinha a fazer até então, mas o PS não contou com ele para as listas para as europeias deste ano. Ainda assim, a pausa política durou pouco: Ricardo Serrão Santos assume agora a pasta do Mar no segundo governo de António Costa, sucedendo a Ana Paula Vitorino.