Líder do PSD esteve, esta quarta-feira, no programa Grande Entrevista, da RTP3.
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Rui Rio defendeu esta quarta-feira, no programa Grande Entrevista da RTP3, que o Ministério Público tem de investigar as injeções de dinheiro do Governo no Novo Banco e acusou o Estado de não conferir as faturas.
"O Governo não cuidou de conferir as faturas que o Novo Banco lhe mandou. O Governo recebe a fatura, vai pagando, mas não vê se as faturas são reais e todos nós começamos a suspeitar que as perdas são provocadas, digamos assim. Essas perdas são pagas com o dinheiro de todos nós, pelo Estado", explicou o líder do PSD.
O social-democrata não descarta a hipótese de o Novo Banco estar a beneficiar alguém.
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"Isto é demais. A consequência que se deve tirar é que o Ministério Público deve olhar para isto a sério. Isto tem uma gravidade política, o Governo não foi ver se as perdas eram criadas. No Parlamento já tinha perguntado se não estavam a vender os créditos ao desbarato. Se isto é verdade, significa que o Novo Banco está a beneficiar alguém", sublinhou Rio.
Sobre a atuação do Governo no combate à pandemia, o líder do PSD reconheceu que, no início, nenhum executivo estava preparado para enfrentar uma pandemia, mas admitiu que, nesta fase, o seu partido poderia lidar melhor com o problema.
"Tive oportunidade de dizer muitas vezes isto e repito: não há nenhum governo no mundo que estivesse licenciado no combate a uma pandemia. No início compreende-se que muita coisa falhe, tem de se compreender. Não sei se lá estivesse faria melhor, naquelas circunstâncias. Agora é justo começar a fazer as críticas ao Serviço Nacional de Saúde e ao Ministério da Saúde. Acredito que o PSD poderia fazer melhor", afirmou o social-democrata.
Apesar de reconhecer que não pode discordar do Orçamento sem conhecer o documento, Rio, com ironia, disse que "vai ser excelente".
"Não posso, logo à cabeça, dizer que concordo ou discordo sem conhecer o documento, mas sei que vai ser excelente porque vai ser sem austeridade. Não vai ter grandes falências, grande desemprego nem quebra dos rendimentos públicos. O Orçamento para 2021 encerra opções políticas, é preciso olhar para ele e avaliar", acrescentou Rui Rio.