Líder do PSD esteve reunido com a União das Misericórdias.
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Rui Rio afirmou que o Ministério da Saúde não paga nada às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) "desde janeiro", após uma reunião, esta segunda-feira, com a União das Misericórdias.
"Quando PSD fez uma proposta para que o Estado pagasse tudo o que deve, eu estava a milhas de imaginar que me pudessem vir dizer que não pagam nada desde janeiro quando todas estas instituições têm tido um trabalho ainda mais importante do que aquele que já fazem todos os dias. Fazer mais dívida ainda neste setor é algo que não faz sentido nenhum. É meu dever alertar publicamente para isso, porque não é aceitável", sublinhou Rui Rio.
O líder dos social-democratas referiu também que há falta de articulação entre a Segurança Social e a prestação de cuidados de saúde.
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"Deve haver uma articulação que estruturalmente não há, mas agora ainda se nota mais a ausência dessa articulação", disse o líder do PSD.
Quanto à possibilidade de os lares de idosos voltarem a receber visitas, o Rio alerta que esta possibilidade tem de ser pensava de forma muito cuidadosa e gradual.
"É verdade que os idosos que estão nos lares já estão há muito tempo sem visitas, mas por outro lado o vírus ainda está presente", afirmou o presidente social-democrata.
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O líder do PSD considerou que é também necessário que Portugal tenha um programa devidamente detalhado de resposta às questões sociais, que estão a crescer com a pandemia do novo coronavírus.
"Mesmo com a economia já a funcionar bastante melhor, em junho, julho, vamos ter problemas de ordem social muito grande: desde carência alimentar, de acesso ao emprego, à área da formação profissional e na habitação. É previsível que diversas famílias não irão conseguir pagar as suas rendas porque estão no desemprego. É inevitável que muitos vão ficar no desemprego algum tempo, até a economia se articular novamente", avisou Rui Rio.
Por fim, Rio revelou que o PSD vai apresentar uma proposta para a retoma da economia entre o final deste mês e o início de junho.
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"Faz-se melhor se demorar mais e não é problemático que demore mais porque precisamos de um quadro base para as soluções. À medida que o tempo avança até ao fim do mês teremos melhor noção da queda do produto, dos setores que caíram mais, para desenhar melhor as respostas", acrescentou o líder do PSD.
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