Rio rejeita paralelismo entre reunião de Netanyahu e Pompeo e Cimeira das Lajes
Rio afirmou mesmo que considera "uma coisa relativamente normal" o encontro entre Benjamin Netanyahu e Mike Pompeo, e rejeitou fazer disso "um caso".
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O líder do PSD classificou como "normal" o encontro em Lisboa entre o primeiro-ministro de Israel e o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, recusando fazer disso "um caso" ou "qualquer paralelismo" com a cimeira dos Açores.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reuniu-se na quarta-feira com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, em Lisboa, e esta quinta-feira ambos têm encontros com o primeiro-ministro português, António Costa.
"Não tenho a visão que a esquerda tem (...) Não vejo que seja de criticar o facto de o Governo português ter permitido esse encontro e já que estão aqui reúnem-se com o primeiro-ministro português. Acho uma coisa relativamente normal, não acho que isso seja um caso", afirmou Rui Rio, questionado pelos jornalistas à margem de uma visita à 4.ª Divisão da PSP, em Lisboa.
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Questionado se não vê simbolismo de Portugal voltar a patrocinar um encontro como este, Rio ligou à pergunta à Cimeira das Lajes, em 2003, a que se seguiu uma guerra no Iraque.
"Não atribuo o mesmo sentido aos dois encontros, nem faço um paralelismo como a esquerda faz", afirmou.
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Na quarta-feira, o BE considerou "uma vergonha" a visita a Portugal do primeiro-ministro israelita, um "corrupto e criminoso de guerra", com o PCP a condenar que Portugal funcione "cicerone no guião para a guerra como foi com o Iraque".
Também André Silva, do PAN, manifestou "concordância com a grande maioria das afirmações" feitas por BE e PCP "quanto às políticas prosseguidas por Israel".