A subida do nível das águas do Rio Tejo levou a que a aldeia de Reguengo de Alviela, no distrito de Santarém, ficasse isolada. O acesso à aldeia é feito apenas de barco
Corpo do artigo
Devido à chuva intensa dos últimos dias e às descargas das barragens espanholas, em algumas regiões do país, o Rio Tejo ultrapassou as margens. O comandante da Proteção Civil, Paulo Santos, adianta à TSF que a localidade de Reguengo de Alviela, concelho de Golegã, distrito de Santarém, está isolada pela água, tal como as autoridades já tinham previsto.
"Existe alguma preocupação, obviamente, está previsto o galgamento das margens do Rio Tejo, o que está a acontecer, está prevista a inundação de zonas historicamente vulneráveis, o que também está a acontecer", sublinha o comandante.
Paulo Santos revela que as cheias estão a afetar, sobretudo, terrenos e propriedades agrícolas, mas alerta que "já era uma situação expetável" e "normal".
As localidades de Santarém, Cartaxo, Golegã, Coruche, Benavente, Salvaterra de Magos e Abrantes são as zonas mais em risco. A Proteção Civil ativou o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, que atualmente está no nível amarelo, o mais baixo.
A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.