Presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional e presidente da Associação Nacional de Sargentos analisaram a demissão de Rovisco Duarte, pouco tempo após a saída de Azeredo Lopes, no Fórum TSF.
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Marco António Costa, presidente da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional, está surpreendido com a "dualidade de justificações que no momento da saída [do Chefe de Estado-Maior do Exército] são deixadas".
Em declarações no Fórum TSF, o social-democrata recorda que Rovisco Duarte "invoca razões de natureza pessoais para sair" na justificação ao Comandante Superior das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, mas na carta que "endereça às estruturas do exército" são apresentadas "razões de natureza política".
"Se sai e apresenta justificações tão dispares, infelizmente temos mais uma sombra a manchar ou a deixar uma dúvida sobre as reais motivações que levaram à saída do Chefe de Estado-Maior do Exército", reforçou, reforçando que cabe ao Parlamento obter as "informações indispensáveis sobre os reais motivos da saída".
Por outro lado, Mário Ramos, presidente da Associação Nacional de Sargentos, acredita que o caso de Tancos "é seguramente um caso isolado", mas ressalva que a questão "não pode ficar por aqui com as demissões dos últimos dias".
"O povo português e os militares que servem as forças armadas precisam que seja apurada toda a verdade sobre este assunto". "Os homens e mulheres que servem nas Forças Armadas todos os dias necessitam também deste esclarecimento para poderem continuar tranquilos para poderem continuar com as suas missões diárias", realça, acrescentando que o "manto de suspeição que tem sido levantado em torno das Forças Armadas" não é benéfico para a instituição.
O sargento-ajudante acredita que os governos têm de definir qual o "modelo de Forças Armadas que pretendem que Portugal tenha" já que, caso contrário, continuará o "desinvestimento que tem sido feito nas Forças Armadas".